segunda-feira, 25 de abril de 2011

Águas que Curam

     Reportagem sobre o tratamento com as Águas Minerais de São Lourenço exibido no programa GLOBO RÉPORTER do dia 17 de Julho de 2009.


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A viagem do Globo Repórter pelo país das águas começa em uma velha estrada de ferro. Ela existe desde 1884. A equipe de repórter embarcou no trem que transporta brasileiros em busca de cura. A primeira parada é nas fontes da saúde.


A Maria Fumaça passa pelas montanhas de São Lourenço, em Minas Gerais. Ricas em minério, elas guardam, no subsolo, um tesouro que muita gente vai procurar: incontáveis minas de águas minerais.

“Elas têm propriedades medicinais. Tem para os olhos e para o fígado. Cada uma tem propriedades que ajudam na saúde”, ressalta a empresária Gislene Moreira.

As águas percorrem verdadeiros lençóis de minérios e escorrem pelas fontes de um parque, bem no centro de São Lourenço. Resultado? Das bicas jorram águas magnesianas, ferruginosas, sulfurosas e alcalinas que têm curado muita gente.

“Eu apanho uma água que é para os cálculos renais. Eu vou apanhar uma outra que é a alcalina, que é para o ácido úrico. Eu evito o remédio também. O meu pezinho incha se eu não tomar”, conta o motorista de táxi Adilson dos Santos. “Não é questão de acreditar no poder dela. É a questão de você vê o resultado”.

A dona de casa Eriete de Freitas também não dúvida. Com problemas graves nos rins e no estômago, ela não podia ficar sem remédios, e os efeitos colaterais aumentavam a cada dia. Com recomendação médica, ela começou a se tratar com as águas medicinais.

“Eu desinchei. Estava muito inchada por causa da cortisona, mas comecei a tomar água. Agora, meus rins funcionam muito bem agora. Não preciso de remédio”, revela Eriete. “A gente toma remédio para uma coisa piora outra. E a água não. A água traz só benefícios para a gente”.

“Eu tenho acompanhamento médico. Todos os meses, vou na médica”, diz Eriete.


A médica Maria Celina de Mattos é a pioneira na cidade. Médica do Sistema Único de Saúde (SUS), ela já tratou mais de 80 pacientes só com as águas medicinais. A sala de espera está sempre cheia.

O caso da professora Márcia Stusse Martins é surpreendente. Foram três anos de dores causadas por dois cálculos no rim direito, várias internações e uma tentativa de extrair as pedras a laser, mas não adiantou.

“Eu teria que refazer uma cirurgia. Foi quando eu resolvi fazer esse tratamento com as águas minerais com a Dra. Celina. Bebo de três e a cinco águas alcalinas, aqui de São Lourenço mesmo. No 15ª dia, eu senti alívio. Foi como se tivesse saído tudo mesmo. E nunca mais tive nada”, afirma a professora Márcia Stusse Martins. “Eu não vi a pedra, mas eu senti um peso, senti cólica renal. Depois daquele dia, parece que foi uma descarga que eu tive que eu acho que saiu tudo”.

Com os exames de Márcia na mão, a Dra. Celina de Mattos conta como sabe que a dona Márcia se livrou do cálculo. “No dia 26 de novembro de 2007, ela tinha cálculo no rim direito dela. Depois, ela me procurou em fevereiro de 2008. Nós fizemos o tratamento com as águas. E dá para ver que a bexiga está livre, que o rim esquerdo está livre e o rim direito, livre. Então, isso me garante que ela não tem mais o cálculo renal”, explica a médica.

Foi assim também com a aposentada Ana Maria Melo de Souza que se espantou com o resultado da ultrassonografia: gordura no fígado. Ela seguiu à risca a receita da médica.

“Ela passou a água magnesiana. Eu comecei a tomar, fiz o exame de novo e já deu que tinha melhorado”, conta Ana.

A aposentada Carmem de Azevedo passou anos procurando a cura dos problemas urinários. Em 15 dias de tratamento com as águas, ela ficou curada.

“Eu não tomei outro remédio. Eu só tomei a água. Passou um tempinho e eu não sentia dor. Inclusive o fluxo urinário aumentou”, conta Carmem.

A Dra. Celina diz as mudanças que poderiam acontecer no atendimento de saúde no Brasil se o tratamento com águas minerais fosse adotado. “O primeiro impacto seria o lado emocional do paciente, porque ele não iria tanto para o hospital, não passaria por cirurgias e medicações. E seria menos oneroso. Você não vai ter nenhum gasto financeiro, vai utilizar só água mineral”, ressalta.

“A gente fala das águas, e está tudo documentado. A gente tem que documentar para as pessoas poderem acreditar”, afirma a médica.

Fonte: http://g1.globo.com/globoreporter/0,,MUL1234138-16619,00.html

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