A história de Áureo Alves da Silveira e sua contribuição para o engradecimento de nossa cidade tem início quando o Sr. Henrique Cafasso, grande amigo de seus pais, Francisco Manuel da Silveira e Laurentina Alves da Silveira, fez uma viagem de negócios a Guapé, visitou os amigos e regressou trazendo o jovem Áureo, que contava apenas 16 anos.
Família numerosa, ele era o terceiro de uma prole de onze irmãos, era mister que começasse cedo a enfrentar os difíceis caminhos da vida.
Áureo demonstrava pendores para o comércio: era inteligente, atencioso e simpático.
Agradava a todos e era muito querido.
Ao chegar a São Lourenço, apesar da pouca idade e experiência de vida, começou a trabalhar como viajante de fumo e nas horas vagas, ajudava no Bar Vermelho.
Mais tarde, trabalhou no comércio de doces, propriedades da família Scarpa, adquirida por Henrique Cafasso, de quem Áureo tornou-se o homem de confiança, braço direito, um grande amigo e considerado como membro da família.
Maria José Scarpa foi sua grande companheira. Formavam um par bonito, unido e perfeito, emoldurado por onze lindas filhas, presentes de Deus para engradecer seu lar: Maria Auxiliadora, Maria Suely, Maria das Graças, Maria de Fátima, Antônia.
Foi proprietário de um bar, depois de uma gráfica e mais tarde, abriu a Casa Dora.
Nessa casa, vendia sapatos,perfumaria, fazendas finas para os gostos mais exigentes e outras, que atendiam a classe menos privilegiada. Mesclava bom gosto e simplicidade, atenção e simpatia, não faltando a bondade e finura do proprietário.
Era prestativo, e solício; jamais se negou a prestar um favor ou ajuda a quem dele precisasse.
Seu carisma tornou-o um político atuante.
Foi Vice-Prefeito na gestão Alvarim Garcia Machado e exerceu a Vereança com dignidade, marcada pela ação conciliadora.
Sua liberdade e sua bondade aboliram de seu vocabulário a palavra "Não". O não-pronunciamento deste simples monossílabo foi a causa de declínio em seus negócios e o único motivo de sua mudança, com a família para São José dos Campos e, mais tarde para Brasília, onde dedicou-se, novamente, ao comércio.
Sr. Áureo tinha um sonho: regressar definitivamente para São Lourenço.
Queria rever a cidade, que ele tanto amava, passear pelas ruas, parando a cada passo para um abraço amigo; queria respirar nosso ar despoluído, ver que o progresso preparou surpresas para o receber, observar a neblina nas madrugadas e a festa dos pardais ao entardercer. Queria ver as colinas, observar o Rio Verde e depois, sentir que estava em casa, outra vez!
Dia 10 de junho de 1976, um acidente em Cristalina, Góias, interrompeu seu sonho para sempre.
Os familiares o trouxeram para São Lourenço. Aqui, repousa no sono dos justos.
O Prefeito Mário Mascarenhas de Oliveira através do decreto n.º 363 de 28 de julho de 1977 deu seu nome a uma rua, numa justa homenagem.
Em seu túmulo, há um pensamento encontrado em seu bolso. Restrata o homem que colocou Deus em todos os momentos de sua existência.
"Onde há fé, há amor; onde há amor, há paz; onde há paz, há Deus; onde há Deus, nada faltará."
É um honra saber que Áureo Alves da Silveira amou nossa terra, trabalhou por ela e viveu aqui, como um filho querido.
Áureo Alves da Silveira: que bom ter vivido na mesma época que você viveu!
Fonte: Livro: Nossa Gente, Nosso Orgulho.
Autora: Teresinha Silveira Vilella.
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